Ir direto para menu de acessibilidade.
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias >  Servidor do câmpus Pelotas lançará obra sobre João Simões Lopes Neto
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

 Servidor do câmpus Pelotas lançará obra sobre João Simões Lopes Neto

 Servidor dedicou anos de estudo sobre João Simões Lopes

  • Publicado: Terça, 30 de Junho de 2015, 12h38
  • Última atualização em Terça, 30 de Junho de 2015, 15h52

João Simões Lopes Neto é um dos mais respeitados autores do Rio Grande do Sul e um dos símbolos da história pelotense. Reconhecido em todo o país, tem sua história e obras estudadas por diversos leitores e pesquisadores. Um dos mais aficionados pela vida e obra de Simões Lopes Neto é Luís Artur Borges, servidor do IFSul/câmpus Pelotas que dedicou anos de estudos sobre o famoso escritor. Agora, Borges se prepara para lançar mais uma obra relacionada a este marco da cidade de Pelotas.

 

O primeiro livro, História, Resistência e Projeto em Simões Lopes Neto, lançado em 2001, foi fruto de um grupo de pesquisa sobre cultura que começou estudando a cultura do Rio Grande do Sul. Em meio aos estudos e pesquisas, a primeira obra foi se formando. Ao fim, o livro, criado por Borges, ao lado de Agemir Bavaresco, acabou vencendo o Prêmio Açorianos de Literatura em 2002.

 

De lá para cá mais livros foram lançados; Travessia do Pampa foi lançado em 2003, Quatro por 4, que abordava quatro autores regionais (Aldyr Schlee, Simões Lopes, Vitor Ramil e Lobo da Costa), veio em 2005 e Identidades Ameríndias em 2006. Em 2009, porém, veio o divisor de águas: sua dissertação de mestrado. Ao mergulhar na história de Simões Lopes Neto, Borges trouxe novas facetas do escritor. Mais do que autor de poesias e contos, Simões Lopes também era um educador, um homem que pensava e se preocupava com a educação do povo, sem as restrições impostas pelo preconceito a mulheres ou mestiços, como era chamada parte da população.

 

Dentre os achados, Borges descobriu dois livros didáticos escritos por Simões Lopes Neto. Um deles era sobre alfabetização e outro era um livro de leitura, composto por histórias que desfaziam estereótipos sociais. Além disso, Borges deparou-se com o fato de que o autor era a favor da simplificação ortográfica, à evolução linguística. Além disso, o ponto mais importante é a conclusão de que Simões era mais do que um escritor; “Ele era outras coisas”, salienta Borges.

 

Simões Lopes Neto fazia poesias, teatro, crônicas. As crônicas, aliás, estão sendo compiladas por Borges e provavelmente serão publicadas em 2016. Nestes textos, publicados em periódicos pelotenses na época, Simões destrinchava uma Pelotas com cara de metrópole – isso no longínquo ano de 1913. Aqui, o autor ainda afirmava ainda mais seu perfil engajado a causas sociais ao se infiltrar na periferia municipal e trazer personagens marginalizados ao centro do debate.

 

Antes disso, porém, Borges lança mais uma parte da Coleção Diga Vancê, que busca abordar autores e pesquisadores que se dedicaram aos estudos relacionados a João Simões Lopes Neto. Este novo fascículo, cujo lançamento está programado para a próxima edição da Feira do Livro, intitula-se Major Angelo Pires Moreira – Um Pioneiro da Pesquisa Simoniana, e traz à luz um dos maiores pesquisadores sobre Simões Lopes neto.

 

Borges ainda é um dos coordenadores de um projeto envolvendo o curso de Comunicação Visual, que está engajado na produção de capas originais para cada conto do famoso autor gaúcho. Os trabalhos dos alunos devem ser expostos até o fim do ano, no Instituto João Simões Lopes Neto.

 

Convite

 

Coroando todos estes anos dedicados ao autor, Borges, que também ocupa a cadeira 18 da Academia Pelotense de Letras desde novembro de 2013, receberá o prêmio Trezentas Onças, projeto instituído pelo Instituto João Simões Lopes Neto em 2005. O objetivo é reconhecer aqueles que lutaram, de uma forma ou outra, pela preservação da memória do reconhecido pelotense. O nome da honraria é uma homenagem direta a um dos mais conhecidos contos de Simões. O prêmio começou em 2005 e será entregue ao longo de cem anos, premiando três pessoas a cada ano. Em 2015, os homenageados são, além de Borges, Hilda Simões Lopes e Maria Luíza de Carvalho Armando. A entrega do prêmio acontece no dia 2 de julho, às 20h, no Instituo JSLN, rua Dom Pedro II, 810.

registrado em:
Assunto(s): Pelotas , livro
Fim do conteúdo da página