Painel, no câmpus Sapiranga, discute Plano Nacional de Educação
Participantes debateram a aplicação das metas propostas pelo Plano
A segunda edição do painel “Olhares sobre a educação”, ocorrido nessa quarta-feira (1º) no câmpus Sapiranga, teve como tema central os desafios e as perspectivas do Plano Nacional de Educação. O evento, cujo público-alvo foi servidores das redes municipal, estadual e federal de ensino, possibilitou um espaço de debate e aprofundamento sobre a educação, além de propiciar a integração entre as redes de ensino e a troca de experiências.
O tema foi trabalhado pelos painelistas Thalisson Silveira da Silva, conselheiro do Conselho Estadual de Educação e integrante da comissão da redação do texto base do Plano Estadual de Educação, e pelo diretor do câmpus Sapiranga, José Luiz Lopes Itturriet. As exposições dos painelistas foram mediadas pelo pró-reitor de Ensino do IFSul, Ricardo Pereira Costa.
O primeiro painelista abordou, além do aspecto histórico da construção do Plano Nacional, as metas 2, 3, 4, 6 e 20, chamando a atenção para a importância do envolvimento de todos na implementação do plano. Ele também relatou o processo de construção e aprovação do Plano Estadual de Educação.
No segundo painel, Itturriet abordou as metas 10, 11, 15, 16 e 19 com o objetivo de possibilitar a socialização das ações para o atendimento da meta pelo câmpus e na sua integração com a comunidade de Sapiranga. As professoras do câmpus, Carla Balestro e Rita Costa, e a diretora adjunta do câmpus Sapucaia do Sul, Janaína Marques Silva, contribuíram com relatos de experiências e apontamentos teóricos no desafio proposto pela meta 10.
Ao término da manhã, a comissão organizadora do evento recebeu dos participantes avaliações positivas sobre o mesmo, com destaque para a qualidade das falas dos convidados e para a realização de outras edições. A 3ª edição do evento contará com as sugestões dos participantes para a definição da temática.
Confira abaixo as metas do Plano Nacional de Educação:
Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. 7 estratégias.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 9 estratégias.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
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