Direitos humanos e ações inclusivas pautaram debates no IFSul
Questões históricas relacionadas à violação dos direitos humanos foram discutidas
Educadores, estudantes, pesquisadores e profissionais reuniram-se no câmpus Sapucaia do Sul, nas últimas quinta e sexta-feira (13 e 14), durante o II Seminário de Direitos Humanos e o III Seminário de Ações Inclusivas do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) para debater os diversos aspectos relacionadas a estas temáticas. A programação incluiu nomes que são referência na área, como a deputada federal Maria do Rosário, que abordou os direitos humanos e a educação.
Na introdução de sua fala, Maria do Rosário ressaltou que o conceito de direitos humanos foi reconstruído ao longo dos milênios, e que não pertence a um governo, mas a cada indivíduo e à toda a sociedade. “Este conceito nos convida à ideia de uma família humana, a desenvolvermos um sentimento de pertencimento à uma mesma humanidade, em que quando uma pessoa é violada em seus direitos, todos o são”, frisou.
O reitor do IFSul, Marcelo Bender Machado, que participou dos seminários na manhã de sexta-feira, ressaltou que a instituição busca permanentemente caminhos para preservar os direitos humanos e fomentar os processos inclusivos. “Isso exige que saiamos de nossa zona de conforto e procuremos nos adaptar e criar uma cultura de inclusão, já que estamos em uma escola pública e precisamos dar a todos condições de acesso”, destacou.
Já na quinta-feira as atividades começaram com uma solenidade de abertura, que contou com a presença do secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, César Faccioli, para o qual os brasileiros ainda vivem em uma sociedade de exclusão. “Precisamos discutir a carência da sociedade em relação aos direitos de cidadania que são garantidos pela constituição, mas que ainda não estão implementados”, disse. Participaram ainda do ato o pró-reitor de Extensão e Cultura do IFSul, Manoel Porto Júnior, a chefe do Departamento de Ações Inclusivas do IFSul, Andréia Colares, o secretário de Educação de Canoas, Elizier Pacheco, e o diretor-geral do câmpus Sapucaia, Mack Léo Pedroso.Exemplo disso são os núcleos de Estudo Afro-brasileiro e Indígena (Neabi), de Gênero e Diversidade (Nuged) e de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais (Napnes), que reúnem docentes, técnico-administrativos e estudantes nos diversos câmpus do IFSul para debater estas questões e buscar alternativas para a promoção de processos inclusivos. Relatos das experiências destes núcleos foram apresentados por seus integrantes ao longo da programação dos seminários nesta sexta-feira, que incluiu ainda palestras com a orientadora educacional do câmpus Charqueadas, Iara Ribeiro e com o docente do câmpus Charqueadas, Lourenço Basso.
Os seminários são uma realização da Pró-reitoria de Extensão e Cultura do IFSul, com apoio do câmpus Sapucaia.Na quinta-feira palestraram no evento o fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Jair Krischke, o articulador político da Rede Nacional de Defesa do Adolescente em Conflito com a Lei, Rodrigo Deodato Silva, e o secretário executivo do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Jorge Amaro Borges, além de educadores do instituto, como as docentes do câmpus Pelotas Visconde da Graça, Mariluce Vargas e Carla Menegat.
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